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sexta-feira, abril 20, 2007
 
Semana VII - Assunto: "Universidade Pública versus Universidade Privada "
TEXTO PROVOCATÓRIO:

Não se trata de uma notícia explícita, mas, a avaliar pelas questões colaterais da Universidade Independente, o tema universidade pública versus universidade privada está, cada vez mais, na ordem do dia.

Impõe-se, por isso, uma reflexão de todos para se apurar o que de facto está em causa e as implicações que casos como este possam ter no ensino tal como o conhecemos.

Será lícito colocar como tónico os bons (ensino público) e os maus (ensino privado)? Será que há espaço para nascerem novos projectos? Que orientações deverão ter, caso alguém tome essa iniciativa? Terão as universidades públicas formas de aguentar este descalabro privado? Que fazer aos alunos implicados, eternos sofredores de guerras e problemas aos quais são alheios? E, quando tiverem de “mandar” os vossos filhos para uma universidade, que farão?

Nuno Silva


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Comentários:

Escolher o Ensino Superior Público ou Privado? Porquê?

As opções que justificam a escolha é imprecisa, pois muitas serão as hipóteses, mas existem vários motivos recorrentes.

O Privado é mais caro. O Público é menos caro. Aqui existem uma diferença, mas é necessário perceber se existirá correlação entre a qualidade e o preço. Julgo que não podemos generalizar. Se a Católica é uma Universidade genericamente bem considerada pelo mercado, assim como alguns cursos da Lusíada, muitas delas não justificam os Euros investidos ao longo dos anos. Mas no Público existe o mesmo problema. Resta pois dividir por áreas. Se os cursos de Ensino têm pouca diferenciação, já no Direito, na Economia e na Gestão, as diferenças são maiores.

A localização é também importante. Se o estudante tiver uma vida profissional em Portimão, Silves e Loulé (e nos concelhos limítrofes), pode ser obrigado a optar por uma Privada, já que pode não ter tempo (ou oportunidade, etc.) de deslocar-se a Lisboa, por exemplo.

No geral, o mercado tende a dar mais crédito a uma universidade de Lisboa ou do Porto (não todas).


Mas estudar no Ensino Superior Público ou no Privado é quase a mesma coisa. Será mais importante fazer uma avaliação do estudante, do que da universidade. Se alguém quiser aprender, evoluir, crescer como cidadão (pelo lado da qualificação, pois tão bom ou mau é o cidadão licenciado, como o não licenciado) então quer escolha uma ou outra, os resultados serão certamente bons.

E em determinadas áreas, a formação universitária é mais importante para fazer crescer o aluno, obrigar a pensar, reflectir, questionar e desenvolver, do que para dar ferramentas utilizáveis logo que saia para o mercado. Penso que muitos de nós já sentiram que o curso serve de muito pouco em termos puramente práticos. Cada empresa, sector ou actividade implica novo esforço de adaptação e aprendizagem das suas necessidades específicas. O curso ajuda, mas é a pessoa que faz a diferença.

Não existe nada nem ninguém verdadeiramente “bom”, nem verdadeiramente “mau”. São apenas perspectivas e conceitos filosóficos e sociológicos, até antropológicos, que nos impomos por questões de vivência ou sobrevivência nesta selva que é a nossa civilização.

Público ou Privado? Tanto faz…

E se tiver que enviar um filho para a universidade, sento-me com ele e digo-lhe que vá e aproveite a viagem. Aproveite todos os momentos dentro e fora da sala de aula. É uma experiência única e só muito dificilmente repetível. Quando acabarem é que começam os trabalhos…

Jorge Lami Leal





quarta-feira, abril 11, 2007
 
Semana VI - Assunto: "Semana Académica vai para a Baixa de Faro"
11-04-2007 7:13:00

A festa dos estudantes da Universidade do Algarve (UALG) realiza-se entre 3 e 13 de Maio em espaço nobre da cidade de Faro. Artistas internacionais estão de regresso.
Entre as várias possibilidades em cima da mesa, a Associação Académica optou por transferir o evento para o Largo de São Francisco, espaço onde decorreu a Semana de Recepção ao Caloiro, no início do ano lectivo, e onde decorre normalmente a Feira de Santa Iria.
Sem margem de manobra para organizar a festa no renovado relvado do Parque Desportivo da Penha, espaço que recebeu as melhores críticas dos estudantes, a comissão organizadora optou entre o Estádio Algarve, o recinto onde normalmente decorre a Concentração Internacional de Motos, no Vale das Almas, e o Largo de São Francisco.
“É um espaço nobre, em plena Baixa da cidade”, justificou ao Observatório do Algarve o presidente da Associação Académica, Pedro Barros.
“Ao contrário das outras soluções, a festa no Largo de São Francisco evita que os nossos colegas precisem de se fazer à estrada e de correr riscos desnecessários”, sugeriu ainda, acrescentando que o recinto terá “todas as condições necessárias” para uma grande festa.
O palco ficará de costas para a entrada da Cidade Velha, junto à antiga Fábrica da Cerveja, com a área de público a estender-se até à fonte do parque de estacionamento. Seguem-se as barraquinhas de curso, a área de restauração e uma tenda para Dj’s. À semelhança do ano passado, será também instalado o palco RUA FM, um stage secundário para bandas locais.
Mas não há bela sem senão. Com um maior número de moradores na zona, os concertos e as performances na tenda vão terminar mais cedo do que o habitual.
“No ano passado estávamos abertos até às 6h30. Este ano terá de ser até às 4h30 ou até às 5h00. Vamos tentar causar o mínimo transtorno possível, tendo em conta que esta também é uma semana de quem vive e faz vida em Faro. Não queremos ter uma cidade contra os estudantes”, lembrou Pedro Barros.
A Associação Académica apresenta esta tarde o evento na Câmara de Faro, altura em que revelará o cartaz definitivo. Segundo apurou o Observatório do Algarve, a aposta passa por um conjunto de bandas nacionais de renome, juntando-se um par de artistas internacionais, ao contrário do que aconteceu o ano passado, onde a oferta baseou-se na ‘prata da casa’.
Pedro Maia
Fonte: Observatório do Algarve, 11.04.2007

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Comentários:
Acho muito porreiro da parte dos estudantes só ficarem abertos até às 4h30 ou 5h00 em vez de ficarem até às 6h30. Desta forma, quem tiver que se levantar às 7h00, já pode dormir 2h ou 2h30 em vez de apenas 30 minutos! Muito fixe.
Penso que é uma vergonha a Câmara de Faro apoiar este evento enquanto não houver uma entidade independente a fazer o controlo dos dinheiros que entram. Já alguem viu um Relatório de Contos auditado por uma empresa prestigiada? Ninguém sabe quanto é que efectivamente entra e sai... Aliás, se calhar até há malta que sabe, mas não diz nada...
Uma Semana Académica dos nossos dias é um evento altamente profissional, cada vez menos as comissões de finalistas conseguem facturar em detrimento da organização, enfim, está na altura de serem autónomos e fazerem a sua festa (na qual participo quase todos os anos) sem apoio públicos!

João Nuno Neves


quinta-feira, março 22, 2007
 
Comunicado da AHETA - Nota de Imprensa
NOTA DE IMPRENSA


A AHETA manifesta a sua profunda indignação e rejeita liminarmente a anunciada campanha de promoção turística “ALLGARVE”

O Governo, através do Ministro da Economia, anunciou recentemente um Programa de Valorização Turística do Algarve, cuja designação ofende as mais elementares regras e princípios do marketing turístico.

De facto, e ao desvirtuar o nome do Algarve, enquanto uma das imagens de marca nacionais mais consolidadas a nível internacional, não só não se contribui para promover a actividade turística e, por essa via, a economia nacional, como se revela uma incompetência técnica e política sem precedentes.

Neste contexto, a AHETA apela a todos os seus membros em particular e a todos os algarvios em geral para não participar, directa ou indirectamente, nesta campanha, melhor forma de mostrar a sua rejeição e repúdio por uma medida atentatória do bom nome e dignidade de uma região que, contra ventos e marés, soube afirmar-se, ao longo das últimas décadas, como um dos melhores destinos turísticos no panorama europeu e mundial.

Numa altura em que, face à tendência para a homogeneização das ofertas turísticas mundiais, um dos maiores desafios dos diferentes destinos turísticos à escala mundial é competir através daquilo que, simultaneamente, os identifica e diferencia, estrangeirar o nome do Algarve é, no mínimo, redutor, ofensivo e lesivo do interesse público regional e nacional.

Tudo isto é tanto mais grave quando uma decisão desta natureza é tomada ao arrepio dos agentes privados do turismo, contrariando uma prática seguida nos últimos tempos pelos sucessivos governos, traduzida numa colaboração estreita entre o sector público e o sector privado, quer nesta quer em outras matérias.

A AHETA, enquanto legítima representante dos empresários hoteleiros e turísticos do Algarve, apela ao bom senso dos diferentes responsáveis envolvidos no sentido de suspender de imediato esta campanha, disponibilizando-se para colaborar activamente com os vários organismos competentes, visando a definição e implementação de uma verdadeira campanha de promoção turística que assegure e salvaguarde os interesses turísticos e empresariais do ALGARVE.



Albufeira, 19 de Março de 2007
A Direcção




Posto isto, como pode uma campanha funcionar se os seus intervenientes estão contra essa mesma campanha?
 
Semana V - Assunto: ""Allgarve" é nova marca para o marketing do Sul do país"
"Allgarve" é nova marca para o marketing do Sul do país

Jorge Nascimento Rodrigues

Governo vai investir três milhões de euros em 2007 para cativar turismo de qualidade.

Manuel Pinho acredita que nos próximos três anos o turismo algarvio vai aliciar mercados mais competitivos
O Ministro da Economia apresentou hoje, em Lisboa, na Feira "Algarve Convida", um novo conceito de marketing que o Turismo de Portugal vai desenvolver durante três anos, com um primeiro orçamento de três milhões de euros para 2007.
A magia do acrescento de um «l» na palavra Algarve deverá permitir um marketing internacional mais agressivo, usando o "all" – palavra inglesa para tudo – como chamariz para um turismo de qualidade multifacetado no Sul do País.
O objectivo, segundo o ministro Manuel Pinho, será a focalização na atracção de turistas para eventos de qualidade artística, para o golfe e para investimento em segundas residências no Algarve.
Expresso on-line 16.03.2007

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Mendes Bota exige suspensão marca Allgarve, que diz ser ofensa aos algarvios

O deputado e líder do PSD/Algarve Mendes Bota exigiu hoje a suspensão da nova marca Allgarve, apresentada sexta-feira pelo ministro da Economia, que diz ser uma "ofensa" para o povo algarvio, até que se redefina outra designação.
O programa de valorização turística algarvio, que integra a nova marca Allgarve e tem três milhões de euros para animação e promoção, foi apresentado por Manuel Pinho na inauguração da feira "Algarve Convida", em Lisboa. Em comunicado, Mendes Bota classifica a criação da marca como "mais um atentado do poder central contra a região" e diz que há muitas décadas que a marca Algarve está consolidada no mercado."Proceder a esta alteração só poderá servir para destruir um 'brand name' que, a par do vinho do Porto, é dos poucos de que Portugal se pode orgulhar à escala mundial", afirma o social-democrata. Apesar de reconhecer mérito no conteúdo da campanha promocional, Mendes Bota rejeita veementemente o título Allgarve, que considera tratar-se de "mais uma descaracterização cultural da região" e uma manifestação de "péssimo gosto" e "falta de bom senso". Ainda mais, acrescenta, quando é apresentada por um ministro que, depois de "colocar em risco o Algarve às mãos dos magnatas do petróleo", se permite "derramar dinheiro a brincar com o nome do Algarve e dos algarvios", que passarão a chamar-se "all-garvios". Mendes Bota pediu ainda a todos os autarcas do PSD representados na Região de Turismo do Algarve (RTA) que convoquem uma reunião daquele órgão para repudiar a campanha e recusar colaborar com ela, até que seja reposta a "dignidade" e o "respeito" pelo nome da região. O programa apresentado por Manuel Pinho advém de investimentos da responsabilidade do Turismo de Portugal e destina-se a concretizar um conjunto de eventos de diversas áreas com o objectivo de "oferecer experiências marcantes em vários domínios" aos visitantes. Por isso, a opção pela marca Allgarve, reflectindo diversidade, glamour e credibilidade, é acompanhada do slogan "experiências que marcam", num programa que vai prolongar-se, pelo menos, por três anos, como garantiram os responsáveis governamentais do sector.
17 de Março de 2007 14:07lusa /Barlavento

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Marca Allgarve gera polémica
Sofia Cavaco Silva
2007-03-21 - A polémica e a indignação instalaram-se, no passado fim-de-semana, após o anúncio de que o Governo vai investir cerca de três milhões de euros em promoção no Algarve, sob a marca "Allgarve" e outros três milhões na realização de eventos na região. As reacções não se fizeram esperar entre os responsáveis políticos e do sector turístico da região. "Desejo expressar publicamente o meu vivo repúdio por mais um atentado do poder central contra a região que, segundo pomposa campanha (…) apresentada pelo ministro da Economia, Manuel Pinho, deixará de ser conhecida internacionalmente por Algarve, para se chamar "Allgarve", foi a primeira reacção do líder do PSD Algarve e deputado da Assembleia da República, Mendes Bota. Apesar de não negar os méritos dos conteúdos da campanha promocional, Mendes Bota, sublinha que só o "título merece-me uma profunda rejeição". Um título que considera destruir a marca "Algarve" consolidada ao longo de décadas e que o deputado diz ser "uma manifestação de péssimo gosto e falta de bom senso, paga a peso de ouro, e apresentada por um ministro que, depois de colocar em risco o Algarve às mãos dos magnatas do petróleo, se permite derramar dinheiro a brincar com o nome do Algarve e dos algarvios, que, seguindo o seu desqualificado conceito passarão a chamar-se "all-garvios". Perante estes argumentos, Mendes Bota garantiu que vai requerer a suspensão da campanha até que se redefina um slogan que não seja ofensivo para o povo do Algarve. Em declarações ao Jornal do Algarve, o presidente da Grande Área Metropolitana do Algarve (AMAL), Macário Correia, mostrou-se igualmente chocado com o nome da campanha. Sublinhando a importância do bom senso e discernimento para quem ocupa cargos públicos, nomeadamente do ministro da Economia, Macário Correia considera que "aparentemente" Manuel Pinho não está na melhor situação para tomar decisões sobre os dinheiros públicos. Apesar de não estar para já marcada nenhuma reunião de extraordinária na AMAL sobre esta matéria, Macário Correia não nega a possibilidade de na próxima reunião, este ser um tema que esteja na ordem de trabalhos.
Jornal do Algarve, 21.03.2007


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Comentários:

Preferia que a iniciativa fosse de associações empresariais, ainda que com apoio público.
Decisões de gabinete e tomadas por funcionários públicos não costumam ser a melhor solução.

Pode fazer sentido se:
a) For uma peça num conjunto;
b) Tiver continuidade;
c) Servir para surpreender, deixando para futuras acções algo mais concreto.

Se falha a):
Estaremos a destruir uma imagem pouco trabalhada mas forte e a construir uma outra que não se sabe ainda o que será.

Se falha b):
Asneira da grande. Começa-se um trabalho de reposicionamento e fica a coisa a meio, em sítio nenhum.
E sabemos como o Estado é tão useiro em começar com grande força e cortar verbas no orçamento seguinte...

Se falha c):
A imagem que ficará é: o Algarve é tudo, mas nada apresenta de concreto.

Falta-me saber muito sobre a coisa.
Para mim, esse dinheiro faria mais sentido se fosse usado para manter uma RTA forte e actuante.
Mas como estou pouco informado - falha minha - não quero tomar uma posição mais definida neste momento.

Renato N. Pereira
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Penso que a preocupação do Governo com a promoção turística do Algarve é benéfica para a região e merecida. Afinal de contas as receitas geradas pelo turismo algarvio dão um grande jeito ao Estado Português.
Os 3 milhões são bem-vindos e até mereciamos mais.
É uma parvoice criar o nome ALLGARVE, seja como sub-marca, seja lá o que for. O Algarve é uma região com identidade própria e forte (lembram-se do Reino de Portugal e dos Algarves...) e não gosta que façam trocadilhos para inglês ver com o nome da sua região.
Primeiro mudem o nome a Lisboa (LisGOOD), ao Ministro Pinho (Pine) e ao Eng. Sócrates (OnlyCrates)!!!
E afinal o nome allgarve já existe há vários anos... Vejam o site ...http://www.allgarve.biz/

João Nuno Neves
quinta-feira, março 15, 2007
 
Semana IV - Assunto: "Ministro da Economia vai anunciar Projecto de Valorização do Algarve"
O Ministro da Economia e da Inovação, Manuel Pinho, vai presidir à inauguração oficial da segunda edição da feira de turismo “Algarve Convida”, no próximo dia 16 de Março, pelas 15 horas, no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, onde irá anunciar o Projecto de Valorização do Algarve 2007 e a sua marca. Uma iniciativa do Governo português para a qualificação da região algarvia.Este projecto integra-se no âmbito do plano nacional de promoção turística, que engloba diversos eventos de grande impacto no domínio das artes, do desporto e da música e visa desenvolver nos turistas novas percepções sobre o principal destino turístico nacional e oferecer experiências enriquecedoras durante as férias.Após o encerramento da sessão, o município de Portimão divulga o guia de eventos para 2007 daquele concelho.

13/03/2007, in Turisver

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Comentários:

Na minha formação em economia, e baseado no trabalho associativo, aprendi a lidar com o processo de definição de objectivos, análise empresarial e gestão de curto e médio prazo. Se bem que superficialmente, deu para hoje tentar usar esses conhecimentos, bem como outros, no meu dia a dia.

Quando estamos a lidar com uma organização ou marca há que pensar a marca a médio e longo prazo, definir objectivos e posteriormente delinear o caminho para lá chegar. Assim definem-se estratégias e medidas a implementar ao longo do tempo para chagar ao ponto pretendido. A imagem mais concreta deste processo são as mudanças de imagem dos bancos.

Na politica portuguesa em certos domínios isso já se observa. Há pouco tempo esteve na mesa do debate o pacto para a justiça, como uma clarificação do caminho a seguir para tornar a justiça mais célere, acessível. Para tal os dois maiores partidos juntaram-se numa definição dos passos a seguir nos próximos anos.

Este exemplo devia ser adoptado a mais domínios, onde incluo o turismo. Não falando das inúmeras alterações de caras, organizações e distribuição de competências que marcam de tempos em tempos o sector, esta reformulação periódica de imagem, mensagem não beneficia em nada o turismo algarvio. Uma estratégia concreta, assente em passos bem estudados, independentes da vontade politica do momento é necessária.

Isto não implica que não se ajustem e corrijam anualmente medidas e estratégias, mas sem por em causa o objectivo final. É necessário por o sector público a trabalhar com padrões de trabalho mais concretos e isentos das tendências politicas do momento.

Alexandre Costa
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Vamos ver no que dá...
Mas tem que ser o Governo central a anunciar em Lisboa a estratégia de promoção da nossa região?
Tudo o que a região conseguir em promoção será sempre positivo, mas estas campanhas deverão ser sempre articuladas com as entidades regionais de turismo, em especial a RTA e a ATA.

João Nuno Neves

quinta-feira, março 08, 2007
 
Semana III - Assunto: "Empregos para a vida continuam no Estado"
São raros os despedimentos na função pública e os poucos exemplos que ficaram para a história são infracções extremas. A realidade dos últimos 30 anos mostra o quão difícil é despedir no Estado. Depois de o Governo ter reagido às manchetes de ontem - que davam conta da possibilidade de despedir funcionários do Estado - várias perguntas se impunham ao secretário de Estado da Administração Pública, João Figueiredo. Quantos casos conhece de despedimentos na função pública? “Conheço alguns”, foi a resposta. Quais? Com que razões? “Através de aposentação compulsiva. Se não tem ainda [idade], é demissão”, acrescentou o mesmo responsável. O próprio Ministério das Finanças, aliás, não tem números (ou pelo menos, não os revela) sobre saídas da função pública por despedimento.
E agora, com as novas regras que permitem processos disciplinares após dois anos de avaliação, passa a ser mais fácil despedir? “Todos os que estão em regime de nomeação, e é a esmagadora maioria, manterão o seu actual regime, salvaguardando o essencial, ou seja, a cessação do vínculo, a protecção social (...) e a mobilidade especial”, foi a resposta de João Figueiredo às televisões.

Entre os especialistas contactados pelo Diário Económico, a conclusão é unânime: os poucos casos de despedimento que se conhecem são verdadeiramente excepcionais. E a partir de agora? Serão poucas as mudanças na prática, acrescentam os especialistas.

Luís Fábrica, o homem que liderou o estudo e as propostas entregues ao Governo sobre a revisão de vínculos, carreiras e nomeações, lembra as excepções para justificar o que é regra: não despedir. Uma delas envolve um médico obstetra que saiu do hospital para almoçar a meio de um parto. O outro implicava um professor acusado de molestar crianças. Benjamim Mendes, advogado especialista em Direito do Trabalho, vai mais longe e afirma: “Não conheço nehum caso porque o vínculo permanente[ao Estado] não permite despedimentos."

Mário Baptista e Denise Fernandes

No Diário Económico 8.3.2007


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Comentários:

O problema não está se o emprego público é ou não para a vida. A grande questão reside no tipo de funcionários públicos que necessitamos, como utentes, cidadãos e contribuintes?

Estou expectante relativamente a este tema. Alguns avanços foram feitos na legislação e algumas propostas estão prestes a sair. Muito vai mudar. Desde logo o fim da ADSE para os novos funcionários públicos (os tais de nomeação definitiva), os dias de férias passam para 22 (os 25 implicam 12 meses de trabalho sem faltas), mesmo a hipótese (por muito hipotética que seja) de despedimento com justa causa com duas avaliações negativas ou as rescisões amigáveis.

Mas é necessário reflectir sobre o serviço público. Mais importante que despedir é avaliar o que deve continuar a ser produzido pela Administração Pública e o que pode sair desta esfera. Sem esta avaliação e programação, despedir é vazio.

O Estado deve reduzir. Deve racionalizar os recursos que todos nós disponibilizamos. A reestruturação (e redução de efectivos) será por isso inevitável. Se é agora ou daqui a 20 anos… quem sabe… veremos. Vamos pagar para ver… literalmente!


Jorge Lami Leal
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Esta reforma do Estado teria que ser feita, mais dia, menos dia. E o Governo tem todo o mérito por a ter iniciado.
Penso, no entanto, que falta estudo.
Como se vê por esta notícia, no Estado ninguém tem certezas de nada. Quantos são? Com que habilitações? A fazer o quê?
O primeiro passo teria que ser um levantamento exaustivo de todos os funcionários (com as respectivas funções, hab. escolares e profissionais, etc) que trabalham para o Estado, ministério a ministério, serviço a serviço.
Depois o Estado deveria definir com rigor quais as funções que quer desempenhar e quais a que pretende alienar.
Do cruzamento das pessoas que existem com as funções desejadas para o Estado deveria sair as pessoas necessárias.
O que se passa é que todas as semanas lemos notícias sobre os funcionários públicos. Agora reduzem a ADSE. Depois terminam com os Serviços Sociais. A seguir baixam as reformas. Anunciam mexidas nas carreiras. Agora querem despedir com 2 anos de avaliação negativa.
Penso que é preferível levar uma cacetada forte do que ser picado com um alfinete todas as semanas...
Não é assim que aumenta a motivação e o empenho dos funcionários públicos...
Qual será a notícia da próxima semana?

João Nuno Neves
domingo, março 04, 2007
 
Semana II - Assunto: 7,71 por cento dos inscritos nos cadernos eleitorais do Algarve são eleitores-fantasma
A Madeira é o "caso mais preocupante" da distorção provocada pelos eleitores-fantasma, onde um em cada cinco eleitores tem inscrição indevida, de acordo com um estudo de dois sociólogos portugueses.

O estudo, de José António Bourdian e Luís Humberto Teixeira, mestrandos do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, resulta do cruzamento dados de 2005 do Secretariado Técnico dos Assuntos para o Processo Eleitoral (STAPE), Instituto Nacional de Estatística (INE) e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e um inquérito sobre comportamentos eleitorais.Os eleitores fantasma - pessoas já falecidas e emigrantes que mantêm cartão de eleitor, por exemplo - provocam um aumento artificial da taxa de abstenção e desvirtuam a distribuição de mandatos de deputados, proporcionais ao número de eleitores.Com a última revisão da lei eleitoral, que criou um círculo único de 47 deputados, a questão da distribuição de mandatos não se coloca, mas sim o problema da abstenção."Todavia, o excesso de eleitores-fantasma terá um impacto significativo nas próximas eleições legislativas", tendo em conta a distribuição de mandatos com base nos inscritos nos cadernos eleitorais, alertam os dois sociólogos.A estimativa final, círculo a círculo "aponta a Madeira como o caso mais preocupante, com 22,28 por cento de eleitores-fantasma, ou seja, um em cada cinco eleitores inscritos nos cadernos eleitorais madeirenses não existe", afirmam os sociólogos.Outros casos graves são Vila Real (20,96 por cento) e Bragança (20,68 por cento), a que se seguem os círculos da Guarda (15,75 por cento), Viana do Castelo (14,62 por cento) Viseu (13,65 por cento) e Castelo Branco (12,78 por cento).Beja, com 10,19 por cento, Portalegre, com 9,71 por cento, e Coimbra, com 9,19 por cento, ainda estão acima da média, segundo o estudo.Os círculos eleitorais de Lisboa (8,83 por cento), Açores (8,71 por cento), Braga (7,9 por cento), Faro (7,71 por cento), Aveiro (7,28 por cento), Évora (7,01 por cento), Porto (5,66 por cento), Setúbal (5,6 por cento), Santarém (5,03 por cento) e Leiria (4,33 por cento) ficam todos abaixo da média nacional.

1 de Março de 2007 - Barlavento online

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Comentários:

Este tema é sempre falado na noite das eleições/referendos e esquecido no dia seguinte.
Pelo texto apercebi-me que a média nacional deve rondar os 9%. Poderia ter sido o suficiente para o refrendo sobre o aborto ser vinculativo...
Reparem que as maiores percentagens de eleitores-fantasma estão nas regiões mais desfavorecidas.
Penso que a explicação passa pela necessidade das Juntas de Freguesia (responsáveis pelo recenseamento eleitoral... e também por manterem os cadernos actualizados!) manterem o número de inscritos para não perderem verbas. Se baixarem o número de inscritos, diminuem as transferências para o seu orçamento... o que não lhes interessa nada. E se forem de zonas deprimidas, onde já devem receber muito pouco, devem fazer tudo o lhes for possível (e quem sabe o impossível!) para manterem o nº de eleitores!
Se eliminarem dos cadernos eleitorais os mortos, os emigrantes, os que migraram, etc, estão a diminuir receitas!
É a mesma lógica de terem permitido que as Câmaras Municipais tenham como principal fonte de receita as verbas ligadas à construção civil... Qual a Câmara que impede a construção, sabendo que assim vai ter menos verbas para investir? Ops, sem contar com o Vitorino!!!

João Nuno Neves

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Esta questão na minha opinião devia ser alvo de uma alteração na lei que obrigasse as pessoas a estarem recenciadas na freguesia onde vivem. Pensemos por exemplo na quantidade de estudantes da Universidade do Algarve, que vivem em Faro ou nas suas imediações, produzem lixo e poluição, consomem água, beneficiam de todas as infra-estruturas e equipamentos do concelho e no fundo é como se não existissem?! Penso que o sistema era mais justo se assim fosse e permitiria justificar melhor a necessidade de investir mais nos concelhos onde residem mais pessoas, proporcionando-lhes melhor qualidade de vida.

Tiago Torégão
quarta-feira, fevereiro 21, 2007
 
Semana I - Assunto: Grandes Centros Comerciais no Algarve
Quatro grandes centros comerciais – dois em Portimão, um em Olhão e um em Tavira – estão em fase de aprovação na região. Os processos (exceptuando o de Tavira, cuja análise deverá ser adiada por cerca de um mês) vão estar em cima da mesa, quinta-feira, numa reunião da comissão regional de licenciamento comercial.

O maior projecto previsto para a região diz respeito à construção de um megacentro comercial, semelhante ao Almada Fórum, na Quinta da Boavista, junto à Aldeia da Boavista, em Portimão. O novo espaço contempla cerca de 20 mil metros quadrados de área para lojas e 15 mil para instalação de um hipermercado, bem como seis salas de cinema e 1800 lugares de estacionamento. Ficará ainda dotado de uma bomba de gasolina e espaços verdes.A concretização deste megaprojecto – que já obteve parecer de localização favorável da Câmara de Portimão – implica a aprovação de um plano de urbanização.Nas imediações do referido centro comercial – em frente ao Maxmat – deverá ser edificado um ‘retail center’, cuja área de construção ronda os 12 mil metros quadrados.

Outro pedido de licenciamento apresentado à comissão regional – órgão em que têm assento sete entidades – tem como objectivo a instalação de um centro comercial em Olhão, dotado de mais de duas dezenas de lojas e cinemas.

Na ordem de trabalhos da reunião de quinta-feira consta o pedido de licenciamento de um centro comercial em Tavira, mas, segundo garantiu ao CM o presidente da autarquia local, Macário Correia, “o processo será retirado por razões burocráticas, voltando a ser apresentado dentro de cerca de um mês”.O projecto prevê meia centena de lojas, quatro cinemas, 12 restaurantes e um hipermercado Carrefour. O número de empregos a criar deverá rondar o meio milhar.“É um excelente projecto. Não temos dúvidas de que irá contribuir para a dinamização e requalificação de Tavira”, assegura Macário Correia. O edil considera ainda que o pequeno comércio não ficará a perder: “O novo centro comercial vai trazer mais gente, pelo que todos ficarão a ganhar.”Uma posição que não é partilhada pelo presidente da Associação de Comércio e Serviços da Região do Algarve. Gilberto de Sousa não tem dúvidas em afirmar que os projectos em causa representam “mais um passo no estrangulamento do comércio local”, exigindo “que sejam dadas contrapartidas”.Essa posição é também defendida por Paulo Pacheco, presidente da Associação Comercial de Portimão. Segundo ele, “há que melhorar as acessibilidades ao centro da cidade e criar mais estacionamento”.

INTENÇÕES DE INVESTIMENTO
O Algarve está na mira dos grandes grupos económicos. Conforme o CM já noticiou, à Direcção Regional de Economia foram apresentados cerca de duas dezenas de novos pedidos para a instalação de médias e grandes superfícies comerciais. Actualmente, segundo as contas da Associação de Comércio e Serviços da Região do Algarve (ACRAL), estão já em funcionamento cerca de nove dezenas de unidades, quase todas em concelhos do litoral, número que é considerado excessivo. Gilberto de Sousa, presidente da ACRAL, diz que os efeitos sobre o comércio tradicional têm sido esmagadores: “Todos os anos fecham as portas mais de duas centenas de lojas, embora também haja quem tente remar contra a maré, abrindo novos estabelecimentos.”

PROCESSO
COMISSÃO - Os projectos relativos a estabelecimentos de comércio a retalho com mais de três mil metros quadrados ou de conjuntos comerciais com mais de seis mil têm de ser aprovados pela Comissão Regional de Licenciamento.
CONSTITUIÇÃO - O órgão é composto por um representante da Área Metropolitana, um da Câmara respectiva, pelo director regional de Economia, pelo presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, pelo director-geral da empresa, por um representante da associação comercial da área de localização e por um membro da associação de consumidores.

José Carlos Eusébio - Correio da Manhã, 2007.02.20

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Comentários:

Penso que esta proliferação de grandes superfícies pela região toda tem aspectos positivos e outros negativos, acontecendo já "canibalismo" entre elas, como se deu com o Faro Shopping "comido" pelo Fórum Algarve... Por outro lado, penso que as lojas Chinesas causam mais prejuízo ao comércio tradiocal do que as grandes superfícies...
Aspectos Positivos: criação de postos de trabalho, dinamização dos locais, obriga o comércio tradicional a modernizar-se e a evoluir.
Aspectos Negativos: a maior parte dos PT's são pouco qualificados e sem perspectiva de carreira, "empregos de salário mínimo", os lucros não ficam na região, há poucos produtos regionais à venda.

João Nuno Neves

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É uma questão de mercado. A concorrência é positiva em todos os seus aspectos. Gera dinâmica para o consumidor abrindo o leque de opções e para os vendedores obrigando à geração de dinâmica. Não podemos esperar que seja o bloqueio à dinâmica empresarial a salvar o pequeno comercio, mas sim a sua capacidade de associação e de inovação. O pequeno comercio passa hoje pela criação de sinergias, de "centros comerciais abertos" e de uma oferta diversificada e concorrente.
Portugal sofre muitas vezes da necessidade de protecção em detrimento da inovação para sobreviver. Isso não implica que se permita uma proliferação de espaços sem um plano concreto das necessidades do meio envolvente e da dinâmica criada.

Alexandre Costa

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O assunto é complexo.

Por um lado existem impactos positivos, desde logo para os consumidores. Melhora-se os acessos ao parque comercial, através da deslocalização dos centros comerciais (conceito geográfico) para a periferia das cidades, descongestionando-as e beneficiando os consumidores dos concelhos limítrofes.

Dinamiza-se o mercado de trabalho, pela oferta de empregos nas mais variadas áreas e nas empresas de fornecimento de serviços, que ganham mais uma oportunidade de negócio.

Do lado do pequeno comércio existe um problema de mentalidade, cultural de formação. Muito mais do que de escala. O chamado comércio tradicional não evoluiu com a região, com a economia, com as novas necessidades dos consumidores. Descurou na política de preços, de comunicação, de produto e em certos aspectos a política de distribuição, como o merchandising. Falham nos 4 pontos fundamentais.

É claro que muito do comércio que se instala nas grandes superfícies são tradicionais. Existem lojas que se instalam, da região e de fora dela, mas não deixam de ser comércio tradicional por isso. Claro que também existem as grandes cadeias internacionais, que são lojas-âncora, que chamam o consumidor.

Na distribuição alimentar podemos defender que existem problemas com a implantação de um Hipermercado. Mas será que os minimercados não aprenderam ainda que a chave do seu sucesso encontra-se no sortido, nos serviços de entregas, no acompanhamento pós-venda? Não podem concorrer com as milhares de referências dos “monstros” comerciais, mas podem especializar-se, podem procurar fidelizar com o serviço de aconselhamento, tantas vezes medíocre nas grandes superfícies.

Existem alternativas, como a associação comercial. Mas de nível integrado, empresarializado, não com o mero papel de representação que cabe às que existem neste momento. Porque motivo a baixa de Portimão, por exemplo, não se junta e gere a ”rua” como se de um centro comercial se tratasse? (que é: a céu aberto, mas é!)

Existem entraves naturais que resultam de cada empresário querer ser patrão. Lutou uma vida para isso, não querem agora deixar de mandar na sua loja, especialmente para colocar nas mãos de outros, nem que sejam gestores mais capazes. Mas é uma solução para limitar os impactos negativos do novo modelo de comércio. E este modelo tem uma grande vantagem concorrencial: responde às necessidades dos consumidores; estuda-os, tenta perceber o que os motiva, porque compram, o que querem, como querem, que serviços associados, que cross-selling é o mais adequado, que lojas se tornam complementares, que disposição e arrumação da loja permitem aumentar a margem… são tantos os factores, que o comércio tradicional não consegue, de forma isolada, dar uma resposta capaz. Se calhar é utópico… seja!

Tenham presente o que aconteceu à nossa agricultura. Quando era protegida, quando os salários eram miseráveis, funcionava. Com a abertura de novos mercados entrou em decadência. Apenas sobreviveu e começou a prosperar aquela que soube perceber o mercado, os gostos dos consumidores, que se internacionalizou, que investiu na marca…

Voltando ao assunto em questão, este modelo é o futuro, não é possível impedir administrativamente aquilo que o mercado quer. Será o mercado a limitar o número de superfícies. Certamente que à custa do tecido empresarial que não conseguir ou souber adaptar-se, inovar ou mesmo reinventar-se.

Por fim o conceito de marca. Isto não é novidade para ninguém. As marcas são fundamentais. Elas são símbolos que transmitem a cada um alguma coisa e que são trabalhadas nesse sentido. Quer seja a segurança, o estatuto, a adequação a um estilo de vida, a conformidade com um determinado padrão de qualidade, etc.

As marcas são o futuro. Alguns grupos regionais cedo perceberam isso. A região também tem cadeias de lojas que funcionam. É necessário mais, é certo.

E a marca que identifica os locais tradicionais, as antigas ruas direitas, comerciais ou das lojas? É necessário investir. Mas deve caber aos empresários, o mercado é assim. As empresas devem assumir riscos, ou falir e empregarem-se nas novas superfícies. Custa, eu sei, mas o investimento na promoção de Natal do Fórum Algarve não é subsidiado pela autarquia. O mesmo para o Algarve Shopping. Porque motivo a chamado comércio tradicional beneficia disso?

Por fim o estacionamento. Deve caber aos Poderes Públicos o investimento nas infra-estruturas rodoviárias, designadamente estacionamento e acessos, pois os benefícios são alargados à população. Os Centros Comerciais também beneficiam de investimentos públicos, nem que seja nos acessos, como ao nível das volumetrias de construção, que são quase sempre alargadas face ao que o PDM previa. Uma mão lava a outra.

Este assunto não é pacífico. Mexe com realidades díspares e aspirações diametralmente opostas. Sem consenso…
Jorge Lami Leal

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Os Centros Comerciais são uma inevitabilidade e estão para ficar. A sua facturação vale 8,4 mil milhões de euros e equivale a 5,6% do PIB, o que atesta a grande procura que têm por parte dos consumidores e ajuda a justificar a sua proliferação. Como podem os autarcas recusar algo que a população continua a procurar?

Os Centros Comerciais deviam por isso constituir um desafio para o comercial tradicional que durante muito tempo viveu encostado à sombra da bananeira, investindo muito pouco em promoção e animação. Em Faro, por exemplo, durante muitos anos houve uma tentativa para implementar o conceito de Centro Comercial em Espaço Aberto, sem que este tenha dado quaisquer frutos. Embora nestes últimos anos tenha havido um esforço de investimento combinado entre alguns comerciantes da baixa de Faro e a Câmara Municipal de Faro, nomeadamente no Natal, tudo está ainda por fazer. É quase desolador passear na Baixa de Faro ao fim de semana e deparar com quase todas as lojas, cafés e alguns restaurantes fechados. Para quando uma maior flexibilização dos horários de funcionamento do comércio tradicional? O comércio tradicional para combater os Centros Comerciais deve e pode faze-lo com as mesmas armas, mas para isso é necessário procurarem ser modernos e inovadores.

Uma última palavra para o problema do estacionamento: tanto quanto sei no Fórum Algarve os clientes não pagam estacionamento pelo simples motivo de que são os lojistas que suportam esse custo junto do concessionário. Um encontro de vontades entre os comerciantes da baixa de Faro e o concessionário do estacionamento da Pontinha permitiria concerteza ultrapassar com êxito para ambas as partes esta questão.

Tiago Torégão

terça-feira, fevereiro 20, 2007
 
Reanimação do blog vialgarve!!!
Vamos voltar a dinamizar o blog vialgarve, pondo os mebros deste grupo a opinar sobre assuntos relevantes para a região e para o País.

Novidades em breve...
sábado, dezembro 24, 2005
 



A equipa do Vialgarve deseja-lhe um Bom Natal!
segunda-feira, novembro 07, 2005
 
Logorreia
publicado no Região Sul


Escrever, antes de tudo, é uma expressão de saúde democrática. Esta introdução é necessária pois por vezes escrevemos e falamos sobre o estado a que chegou o País, pintando-o de cinzento tão escuro, que nos esquecemos das liberdades que temos. Certamente que existem problemas estruturais. Existem também constrangimentos relacionados com a atitude das pessoas. Dos trabalhadores em geral, dos empresários, dos serviços públicos, dos utentes destes serviços, da comunicação social, dos que a lêem e dos que lá escrevem (enfio também a carapuça). Mas temos a liberdade...

O País encontra-se numa barulhenta batalha silenciosa com a desmoralização. Alguma desilusão. E uma profunda frustração.

A redução do rendimento das famílias, desde a introdução do Euro, os aumentos salariais inferiores à inflação, os “congelamentos”, também a fraca produtividade do trabalho, a bica dobrou o preço em poucos anos. Enfim, existem vários factores, transversais, que provocam este sentimento que todos falamos e escrevemos, mas que, depois, abafamos. Criticando as formas de resolução e quem as pode aplicar.

Chegou a altura dos partidos que se querem credíveis, serem politicamente honestos e apoiar o País. Governar com dedicação. Fazer oposição com sentido de estado.

Ser oposição não é fazer oposição. A tudo. Mas apenas àquilo que se fossem Governo não fariam. Mesmo. Isto pode fazer toda a diferença. Isto pode trazer alguma esperança aos que encaram os políticos como um mal necessário ao sistema democrático.

O Governo maioritário do Partido Socialista encontra-se numa posição onde apenas o Professor Cavaco Silva esteve. Se quiser deixar a sua marca, deixará! Tem essa responsabilidade. Para com aqueles que os elegeram, mas também para com os outros. A maioria, composta por quem votou laranja, azul, vermelho, em branco ou não, apareceu por lá. Também para esses.

Este Governo tem sido inovador nalgumas questões óbvias, mas que ninguém, até agora, teve a coragem ou o interesse de propor. Acabou com privilégios mais ou menos escondidos dos políticos, procura moralizar e reestruturar a função pública. Mas têm assumido o lado mais negativo do poder. Nomearam para si, nos mais variados níveis do poder institucional e financeiro. Descaradamente. Mas sobre isto já li e já escrevi, e acima de tudo já assisti. Todos fizeram, de forma mais ou menos escandalosa. De forma mais ou menos rápida. Fere no entanto o discurso de apelo à contenção.

O Estado, ao absorver metade daquilo que é produzido, induz um entrave ao desenvolvimento. O aparelho administrativo do estado, sustentado por todos, até pelos seus funcionários, está no limite da carga. Não sei se são necessárias mais ou menos pessoas. É necessário perceber. Mas certamente que é urgente reestruturar serviços. Necessitamos de melhor Justiça, um Ensino com estratégia, uma Segurança Social equilibrada, uma máquina fiscal justa e actuante e uma Saúde mais próxima do utente. O Poder Central tem iniciado esse desafio nos últimos anos.

Outro problema subsiste na relativa profusão de ambições (legítimas e outras) que leva a que o Poder Local assuma um papel preponderante neste esforço global. As centenas de pequenos Governos locais devem ser controlados. Contidos. Alguns saneados, pois endividaram-se para além do razoável. Sou defensor do poder local, não só como garante da representação democrática, mas da descentralização da decisão e no que isso representa na defesa dos interesses locais. Mas não posso deixar de temer, como contribuinte, a facilidade que têm de pesar no deficit e na dívida pública. Por este motivo, chegou o momento de nos questionarmos se os legítimos interesses de todos, da nação, do País, não se devem opor ao particular, dos municípios?

Ajudemos o País com o nosso trabalho, empreendimento e dedicação. Não se trata de trabalhar mais horas. Mas de trabalhar melhor essas horas. Com a responsabilidade de dirigir ou ser dirigido, de pagar ou receber, de pedir ou entregar!
quarta-feira, setembro 28, 2005
 
As ramificações do poder são interessantes. Quem é que sabe o que aconteceu numa “certa e determinada” sede concelhia de um partido político, onde foram encontrados militantes a dobrar material de campanha de outro partido/ candidatura? O mais humano a fazer, se houver coragem, passa pela rápida instrução do processo no conselho jurisdicional e, caso concluam por provado, seguir os estatutos... ou seja, a perda da qualidade de militante!

Outra técnica de contra-informação, utilizada recentemente, fez com que fossem enviados SMS para os militantes deste partido, (des)informando que o seu líder estaria numa acção de campanha numa hora diferente da verdadeira.

Assim vai a nossa política... mas também, com tantos políticos de merda, esperávamos o quê? Temos aquilo que merecemos, que votamos, que elegemos, que apoiamos e que mantemos no poder...
sábado, agosto 20, 2005
 
E aí estão os candidatos autárquicos. Já estão depositados no Tribunal. Agora, começam os passeios pelos mercados, de porta-a-porta, os aventais, as canetas e isqueiros
quinta-feira, julho 14, 2005
 
Já alguém sabe quem são os candidatos autárquicos do PSD para Faro?

Está difícil...
quarta-feira, junho 29, 2005
 
Fugas nas redes das autarquias chegam aos 45%
Mais uma notícia sobre este assunto que, confesso, me faz muita confusão.

Há muitos municípios com perdas acima dos 40 a 45% ", confirmou ao Observatório do Algarve Campos Correia

Primeiro, este assunto só veio à baila porque há falta de água. Se não faltasse água, ninguém se preocupava com perdas de 40 a 45%!!!!

Segundo, parece lógico que as Câmaras não têm investido nas redes de abastecimento.. certamente porque estando debaixo de terra dão poucos votos!!!!

Terceiro, se já vamos no QCA III ainda não houve verbas para este assunto???

Para já vão fazer pequenas reparações, que poderão dominuir as perdas em 10%.

Pedem-nos para poupar água, mas à nossa torneira já só chegam 55 a 60% da água que saiu da barragem ou do furo...

O que significa que a água poderia ser, pelo menos, 25% mais barata... (parece que uma perda de 17% é aceitável... é o caso de Portimão).

Obras devidamente estruturadas que nos façam ter uma gestão eficiente da água, já!

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segunda-feira, junho 27, 2005
 
Seca: Algarve quer diminuir desperdício de água
O desperdício de água em terras algarvias está acima dos trinta milhões de metros cúbicos por ano, o que representa cerca de 30 a 40 % do consumo.

O presidente da Junta Metropolitana do Algarve, Macário Correia, diz que a situação não pode continuar: "Não podemos perder a água ingloriamente, sem ser facturada, sem passar pelos contadores, entrando em rupturas diversas, quebras de canalizações. Isso é que se tem que evitar e é o que temos estado a fazer".


Já não era sem tempo... Andamos todos a pagar estes 30 ou 40% desperdicaçados... Com tantos apoios comunitários, só em 2005 é que se lembram que existe esta monstruosidade de despedício? Se não houvesse seca, se calhar nem era notícia...

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Governo pode ter de alterar números do Rectificativo
O Governo pode ter de alterar alguns dados incluídos na proposta de Orçamento Rectificativo para 2005, entregue sexta-feira na Assembleia da República. A notícia é avançada pelo jornal «Diário Económico» que diz que «as contas não batem certo». Para o PSD, tudo não passa de uma trapalhada.


Quem com ferros mata, com ferros morre...


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sábado, junho 25, 2005
 
IVA a 21% - a opção Espanha...
Já ouço pessoal a dizer que vai a Espanha fazer compras (algumas de supermercado, roupa, sapatos, etc)... com IVA a 15% (diferença de 6%), vale a pena...
E ainda se pode atestar o depósito e poupar mais uma mão cheia de Euros... pois também aí se poupa no IVA...

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quinta-feira, junho 23, 2005
 
Quem é responsável pelo Orçamento 2005?
O Orçamento 2002 foi herdado após as eleições de 17 de Março de 2002. O Governo então eleito teve que se haver com um orçamento que não era dele e foi obrigado a desenrascar-se para conseguir alcançar o melhor resultado possível.
A responsabilidade do défice do orçamento 2002 foi do Governo PSD/PP.

O Orçamento 2005 foi herdado após as eleições de 20 de Fevereiro de 2005. O Governo então eleito apressou-se a dizer que o orçamento não era dele, mandou o Governador do Banco de Portugal simular o défice caso existisse um Governo congelado (leia-se que não fizesse nada até ao final do ano) e já foi dizer a bruxelas que este ano e nos próximos o défice vai ser uma desgraça.
A responsabilidade do défice do orçamento 2005 vai ser do Governo PSD/PP.

Refira-se que o Governo eleito em 2005 começou a governar mais cedo do que o eleito em 2002 (Março contra Abril).

Engraçado, não é?

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quarta-feira, junho 22, 2005
 
Mais um verão...
A ver vamos o que vai ser este Verão algarvio.

Duas áreas vão estar sob vigilância apertada: o combate aos fogos e a capacidade de resposta dos hospitais ao boom de turistas habitual no verão.

A racionalização da água também é uma questão premente, bem como a necessidade de uma forte retoma no turismo algarvio, capaz de estimular toda a economia regional e dominuir os desempregados.

A ver vamos... que tudo corra bem...

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