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terça-feira, setembro 23, 2003
 
Ser empresário é diferente de ser empreendedor?

A pergunta do título deste artigo vai servir de mote para eu discorrer algumas opiniões avulsas que tenho sobre a criação de empresas e os empresários.

De facto, ser empresário difere em substância de ser empreendedor, embora o primeiro tenha na sua origem um pouco do segundo. Como? Quando se cria uma empresa (em nome individual, sociedade ou outra qualquer forma prevista na legislação) é-se empreendedor. A grande definição (e por isso a grande diferença) de ser empreendedor está na inovação, na criação de valor, no dinamismo, na proactividade, em elevar ao máximo a capacidade de pensar e de actuar sobre a economia, através da criação planeada e estruturada de um negócio.

Infelizmente a maioria dos “nossos” empresários não são empreendedores, são no fundo trabalhadores dependentes numa empresa, que por acaso é a sua. Estagnam, param no tempo. Os motivos podem estar relacionados (ou serem desculpados) com a falta de capital, de formação, de estofo, de sensibilidade, de ideias ou simplesmente de vontade. Podemos falar sobre a falta de produtividade dos trabalhadores, mas também é grave a dos empresários, talvez mais grave.

As universidades estão de costas voltadas para as empresas, não formam empreendedores; não me refiro apenas aos cursos ligados à gestão e economia, também nas ciências, nas novas tecnologias, nas engenharias, etc...

O Algarve necessita de diversificar, de romper a sua preocupante dependência do turismo. Mas para isso, também as escolas (secundárias e superiores) terão de desempenhar o seu papel. Não será esse um dos grandes papéis da educação, não só promover o saber-saber, o saber-fazer, mas também o saber-empreender...

Com este clima fantástico, o Algarve poderá vir a ser o Sillicon Valey português (keep on dreaming...)

A ANJE tem assumido na região, e em abono da verdade, no país, uma postura de formação de empreendedores, do espírito de missão empresarial com uma forte componente de serviço público, reforçando as necessidades que, no caso, a região sente neste âmbito. Merece a referência e o destaque.

Mas esta capacidade de agir, infelizmente, não é possível fazer aparecer espontaneamente, apesar de ser passível de estimular e despertar, canalizando e potenciando a ambição e a visão.

Depois existem os limites impostos pela legislação e o funcionamento dos serviços públicos, que atrasa, dificulta e por vezes inviabiliza a actividade empresarial. Refiro-me aos prazos “normais” para a criação de uma sociedade, e mesmo para a dissolução. Mesmo nos Centros de Formalidades das Empresas, criados para disponibilizar os serviços competentes num só espaço, permitindo com isso descentralizar e facilitar a tarefa, vão acumulando processos e criar uma empresa, hoje, é “obra” para algumas semanas, ainda que mais rápido, se considerarmos todas as capelinhas necessárias percorrer na via tradicional!!! É necessário ter em conta que nos países que concorrem connosco, esta tarefa é completada em poucos dias...

 
Curtas

O Algarve transforma-se nos meses de verão. Sem querer generalizar, sou obrigado a afirmar que esta região, num claro esforço de adaptação e rentabilização, piora neste período.

Piora o serviço nos restaurantes. Piora a qualidade dos alimentos, as quantidades servidas e muitas vezes até o preço.

Os principais estabelecimentos nocturnos praticam discriminação à entrada, cobrando valores de consumo obrigatório diferentes, em função de critérios pouco sérios. Este fim-de-semana por exemplo, assisti à cobrança de 50€ para “entrar” num “capítulo” da noite algarvia... deviam dar logo um Gurosan, com o cartão! Facilitava.

Ainda neste Sábado, e não pela primeira vez, decorrendo da manutenção da Via Infante, os trabalhadores deixaram uma faixa cortada durante alguns quilómetros, mesmo já lá não estando. Assim facilitando, suponho, o seu trabalho no dia seguinte. Isto é que é produtividade!?!?!

A Brigada de Trânsito, num claro esforço de prevenção, esconde-se e “dispara” sobre aqueles que aceleram... não estou a criticar a multa fácil, que decorre da aplicação da lei. Critico sim a falta da sua presença efectiva na estrada... ou o exemplo que dão, não cumprindo eles, muita das vezes, a mesma lei que reforçam.

Os cortes de água que ainda se fazem sentir.

As acessibilidades para deficientes que, ou não existem, ou estão, como no caso dos seus lugares de estacionamento, ocupados por outro tipo de “deficientes”.

Os empregados que servem nas esplanadas, que preferem atender os estrangeiros primeiro. Não sei se por causa das gorjetas, se fazendo um esforço de relações públicas!?!?!?

A poluição que ainda escorre para o mar.

Os serviços públicos em férias...

As falhas na distribuição de jornais nacionais. Será que não sabem que o Algarve tem neste período, uma afluência considerável de visitantes nacionais?

Os estacionamentos escasseiam...

...os passeios consequentemente também.

Os assaltos aumentam.

O reforço das redes GSM tarda.

O lixo acumula-se.

segunda-feira, setembro 15, 2003
 
A propósito da Formiga

A formiga de langton refere que fiz um artigo para "Magazine do Algarve" de Agosto onde apenas mencionava alguns blogs: a explicação é simples, o artigo foi feito nos inícios de Julho e nessa altura havia menos blog's do que há hoje e alguns tinham apenas 1 ou 2 posts, razão pela qual não os incluí.
A questão de fazer um sumário torna-se difícil, pois o espaço numa revista é limitado, ao contrário dos blog's, e não permite que se escreva o que se quer. Com o espaço disponível apenas pude fazer uma introdução aos blog's e uma breve listagem de blog's algarvios de que tinha conhecimento na altura.

Já agora, o posto sobre os blog's algarvios está bastante bom.

Temos é que começar a pensar numa valente jantarada....
domingo, setembro 07, 2003
 
A Gastronomia no Algarve (V)

O Aldeão (Faro)
Depois da leitura do Expresso, lá fui experimentar este espaço. Admito que procuro sair de Faro para comer (bem). O que não quer dizer que não haja restaurantes bons. Mas sair do quotidiano ajuda a criar um melhor ambiente e assim uma melhor refeição e convívio. Confirmo o que li na revista do Expresso. Apenas um apontamento negativo para o tempo que levei a ser servido. Levava mais tempo há espera de cada uma das tapas, do que a come-las. No fim, levou-me mesmo a pedir a conta e sair, sem saborear as sobremesas de aspecto delicioso, assim como o café Delta Diamante... mesmo assim, prometi à simpática proprietária que voltaria em dia de menor confusão, porque a senhora só fora avisada pela manhã de que o(s) seu(s) espaço(s) apareceriam no jornal Expresso... com uma leva de curiosos que (como eu) lá foram “espreitar”... passem por lá...
Classificação: Muito bom!


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